sábado, 24 de dezembro de 2011

Guarde para você .




Você se senti diferente de todo mundo, parece que ninguém mais tem sentimento e só você possuiu aquele velho e gasto amor. As pessoa não medem as coisas que falam e também não tem consiência das palavras que saem de suas bocas, falam... falam... falam... mas ao mesmo tempo não tem nada a dizer. Você ignora, tenta não escutar o que elas dizem e mesmo assim todas insistem em querer que você ouça aquilo que você não quer ouvir.


Se você fala o que você pensa, o que você sente, e coloca em prática a tal sinceridade, você é chata, a rebelde, a sem educação e mais tantas coisas que você nunca foi e nem quis ser, você apenas queria transmitir o que você pensa e simplesmente dizer, assim como todos fazem, mas sem machucar e sim para melhorar o que você continua ouvindo.


Todo mundo quer que você seja correto, que você seja isso e aquilo e apenas coloca uma expectativa enorme em você, mas mudar as suas atitudes que é bom... Nada. Ninguém entende que você precisa ser para ter e não ter para ser.


Tem muita gente exigindo ter pessoas boas e sinceras ao seu lado, mas não são nem boas e muito menos sinceras, realmente é uma hipocrisia sem tamanho.


Na hora da dor, você quer ouvir coisas boas e não só criticas e se for que seja uma critica construtiva, verdadeira e que você reconheça o seu erro ali e não pra você ficar pior.


Sorte sua é o seu amor próprio que não te deixa desistir mesmo escutando e vendo tantas coisas ruins e medíocres por ai, aprender a guardar tudo isso que você quer transmitir para as outras pessoas com esperança enorme de todas elas mudarem também é uma dádiva enorme, mas ao vezes explode e aquela sua outra imagem de quieta boazinha e sempre com um sorriso no rosto acaba desaparecendo.


Guarde para si ou mude você mesmo, aliás que essa mudança te faça sorrir, apenas sorrir.








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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Começar de novo



"Eu me lembro daquele dezembro como se fosse hoje. Faltavam poucos dias para o Natal, e a vida desmoronava. Parecia que todos os problemas do ano, que até ali estavam sob controle, tinham resolvido mostrar suas garras e atacar minhas manhãs. Para me consolar, uma voz muito calma do outro lado do telefone disse: "Mas é claro que isso está acontecendo agora. É Natal!". Foi aí que tudo fez sentido. Era época de renovação, tempo de jogar fora o velho e enfrentar o novo. Da crise que leva ao recomeço. Tranquila, reuni forças para atirar longe o que não queria mais. E espiar com curiosidade o que viria depois. Os fins de ano sempre trazem essa sensação intempestiva. É como se o ritmo veloz dos últimos dias tornasse a vida mais intensa e exigisse uma atitude. Chegou a hora de fechar um ciclo e começar outro. Resolver os nós que não deixam seguir em frente, abandonar o que não deu certo. Dizer adeus a pessoas, lugares e ideias que não vão seguir conosco. Olhar para trás e enxergar as lutas pelas quais vale a pena brigar. Respirar fundo e ter coragem para deixar pelo caminho o que está pesado, as relações que não deram frutos, aquilo que perdeu o significado. E abrir espaço para o que virá.Porque é só espantando o antigo que o inesperado surge. Sem planejar, aparecem amigos gratuitos, um desvio na rota, oportunidades diferentes, um jeito melhor de olhar para o que se foi. Em vez de temer, passei a esperar o fim do ano. Misteriosamente, esse é o momento em que as respostar aparecem claras como se, de algum lugar, brotassem contando o rumo a seguir. É Natal, é fim de ano, é momento de reinício, do novo que irrompe e supera o passado. Agradecida, olho para a luz dos dias ensolarados e enxergo a vida nascendo, plena de novas chances."






"Texto de Rita Loiola"